Porto sentido...
Que dizer da cidade que aprendi a amar tanto... que dizer do muro onde sempre regresso para olhar o rio e no ocaso de mim encontrar o horizonte...
“É saudade, mas não é só saudade. Isto vem de muito fundo. Os meus actos são guiados por mãos desaparecidas e a minha convivência é com fantasmas. Este cheiro... esta paisagem- mar, rio e céu- entranhou-se-me na alma- não como paisagem, mas como sentimento. Ressuscito as horas que perdi debruçado no velho muro e sinto o grão da pedra onde punha as mãos... Uma luz como não há outra e que estremece com o movimento e os reflexos da água, um ar como não há outro e que ainda hoje respiro como a própria vida! Silêncio...
A Foz vai doirando lentamente, ano após ano, crestada pelo ar da barra, camada de sol, camada de salitre...” Raul Brandão
“Ali o rio, as casas em cascata, os rostos, as vozes, os gritos, os gestos. Uma beleza funda, grave, rude e rouca. Escadas, arcadas, ruelas abrindo para o labirinto do fundo do mar da cidade. E, aqui e além, um rosto emergindo do fundo do mar da vida.
[...] Porque ali é a cidade onde pela primeira vez encontrei os rostos de silêncio e de paciência cuja interrogação permanece. Porque ali é o lugar onde para mim começam todos os maravilhamentos e todas as angústias.” Sophia de Mello Breyner Andresen
"[...]Esse teu ar grave e sério, num rosto de cantaria que nos oculta o mistério dessa luz bela e sombria... Ver-te assim, abandonado, nesse timbre pardacento, nesse teu jeito fechado de quem mói um sentimento... E é sempre a primeira vez em cada regresso a casa, rever-te nessa altivez de milhafre ferido na asa." Carlos Tê
É bom saber que vou sempre regressar a casa... é bom saber que ainda vou atravessar tantas vezes uma ponte sobre o Douro.
“É saudade, mas não é só saudade. Isto vem de muito fundo. Os meus actos são guiados por mãos desaparecidas e a minha convivência é com fantasmas. Este cheiro... esta paisagem- mar, rio e céu- entranhou-se-me na alma- não como paisagem, mas como sentimento. Ressuscito as horas que perdi debruçado no velho muro e sinto o grão da pedra onde punha as mãos... Uma luz como não há outra e que estremece com o movimento e os reflexos da água, um ar como não há outro e que ainda hoje respiro como a própria vida! Silêncio...
A Foz vai doirando lentamente, ano após ano, crestada pelo ar da barra, camada de sol, camada de salitre...” Raul Brandão
“Ali o rio, as casas em cascata, os rostos, as vozes, os gritos, os gestos. Uma beleza funda, grave, rude e rouca. Escadas, arcadas, ruelas abrindo para o labirinto do fundo do mar da cidade. E, aqui e além, um rosto emergindo do fundo do mar da vida.
[...] Porque ali é a cidade onde pela primeira vez encontrei os rostos de silêncio e de paciência cuja interrogação permanece. Porque ali é o lugar onde para mim começam todos os maravilhamentos e todas as angústias.” Sophia de Mello Breyner Andresen
"[...]Esse teu ar grave e sério, num rosto de cantaria que nos oculta o mistério dessa luz bela e sombria... Ver-te assim, abandonado, nesse timbre pardacento, nesse teu jeito fechado de quem mói um sentimento... E é sempre a primeira vez em cada regresso a casa, rever-te nessa altivez de milhafre ferido na asa." Carlos Tê
É bom saber que vou sempre regressar a casa... é bom saber que ainda vou atravessar tantas vezes uma ponte sobre o Douro.
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