Monday, January 31, 2005

30.01.2005

Romance ingénuo de duas linhas paralelas
de José Fanha

"Duas linhas paralelas, muito paralelamente, iam passando entre estrelas fazendo o que estava escrito, caminhando eternamente, de infinito a infinito.
Seguiam-se lado a lado, exactas e sempre a par, pois só num ponto do espaço que ninguém sabe onde é, se podiam encontrar, falar e tomar café!
Mas farta de andar sozinha, uma delas certo dia, virou-se para a outra linha sorriu-lhe e disse-lhe assim: 'Deixa lá a geometria e anda aqui para o pé de mim!'
Diz a outra: 'Nem pensar!!! Mas que falta de respeito! Se quisermos lá chegar, temos que ir devagarinho, andando sempre a direito cada qual no seu caminho!'
Não se dando por achada, fica na sua a primeira. E sorrindo, amalandrada, pela calada, sem um grito... deita a mãozinha matreira e puxa para si o infinito!
E com ele ali à frente, as duas sem murmurar, olharam-se docemente e sem fazerem perguntas, puseram-se a namorar e seguiram as duas juntas:)
E assim, nestas poucas linhas fica uma história banal... com linhas e entrelinhas e uma moral convergente: O infinito afinal, fica aqui ao pé da gente!!!"

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

=') *snif*
ana

January 31, 2005 at 6:12 PM  

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