27.01.1945
"Estamos aqui... no maior cemitério do mundo. Sem sepulturas nem pedras. Mas onde repousam as cinzas de mais de um milhão e meio de seres humanos". E foi assim... 60 anos depois.
"Ó música da morte, ó vozes tantas
e tão agudas, que o estertor se cala.
Ó música da carne amargurada
de tanto ter perdido que ora esquece.
Ó música da morte, ah quantas, quantas
mortes gritaram no que em ti não fala.
Ó música da mente espedaçada
de tanto ter sonhado o que entretece,
sem cor e sem sentido, no fervor
de sublimar-se nesse além que és tu.
Ó vida feita uma detida morte.
Ó morte feita um inocente amor.
Amor que as asas sobre o corpo nú
fecha tranquilas no possuir da sorte."
Jorge de Sena
Entre nós e o passado... o nosso dever lembrar.
Entre nós e o futuro... o nosso dever amar.
1 Comments:
Eh!!!cá estou eu!!.. parabéns pelo blog! prometo que o proximo comment será sobre o texto que escreveste!... :) bjinhos*
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