Wednesday, January 26, 2005

Brumas do Futuro

Foi para o "Capitães de Abril" que o maestro António Vitorino de Almeida compôs esta música interpretada pelos Madredeus... o Pedro Ayres Magalhães juntou-lhe a letra e o resultado foi um hino à coragem!
Na véspera da estreia de uma grande produção da obra de Álvaro Cunhal "Até amanhã, camaradas!" e numa altura em que a pré-campanha para as legislativas nos diverte mais do que nos ocupa... pergunto-me se desde 1974 até hoje o melhor que os nossos políticos souberam fazer foi levar-nos da subversão à aversão e, simplesmente por cansaço de lhes dar crédito, à diversão!
Triste dia afinal... aquele em que já só nos resta rir da "gente pouca... pouca e seca!" que temos por cá!

"Manhã de Abril e um gesto puro coincidiu com a multidão que tudo esperava e descobriu que a razão de um povo inteiro leva tempo a construir..."

2 Comments:

Anonymous Anonymous said...

"O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada, os caracteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte: o país está perdido!"

Eça de Queirós , 1871.

January 31, 2005 at 11:50 PM  
Blogger Unknown said...

Não é fascinante como ainda continua actual?

November 24, 2008 at 7:16 PM  

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